Arquitetura da Informação: impactando na experiência do usuário
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Arquitetura da Informação: impactando na experiência do usuário

Bruno Sancar
Bruno Sancar

Com certeza, você já se deparou com sites ou aplicativos difíceis de interagir ou até mesmo de encontrar uma informação. Isso acontece geralmente porque a Arquitetura da Informação (AI) dessas plataformas não foi bem pensada.

Quando um site é criado, não se deve pensar apenas nos conteúdos que serão postados ou nas cores. É necessário considerar que o conteúdo deve ser entendido pelo usuário.

Mas por quê? É simples. Se você tem um e-commerce, por exemplo, o seu site será seu ponto de contato com seus potenciais clientes com aqueles que já o são.

Quando a estrutura do seu site não leva em consideração fatores como usabilidade, facilidade de navegar e, principalmente, de encontrar informações, provavelmente o potencial cliente se sentirá perdido.

E, por perdido, entende-se que ele fica desestimulado ao tentar entender o produto ou serviço; por consequência, desistirá rápido do seu negócio. E isso não é o que você quer, certo?

Por isso, este artigo vai ajudá-lo a entender melhor o que é a Arquitetura da Informação, quais metodologias ela utiliza e, principalmente, como ela impacta a experiência do usuário.

Ao fim, você verá que um site bem arquitetado e com foco em proporcionar ao usuário a melhor experiência é peça-chave para o sucesso de um negócio.

O que é Arquitetura da Informação?

O termo Arquitetura da Informação foi empregado pela primeira vez por Richard Saul Wurman na década de 1970. O conceito se refere ao estudo da organização da informação de forma a permitir que o usuário encontre sua forma de navegar até conhecer e compreender a informação.

Vemos então que ela se refere não só a ambientes digitais, mas até a organização de locais físicos, como lojas de departamento, supermercados etc. É importante que o cliente consiga localizar com facilidade a informação que procura.

No meio digital, a Arquitetura da Informação toma maiores proporções. Com a expansão das tecnologias, a geração de dados ficou exponencial. Vivemos mergulhados em um mundo de informações sem muitas vezes conseguir dar sentido a elas.

A palavra-chave então é compreensão. Não adianta nós termos contato com inúmeros dados se não conseguimos dar sentido a eles, entendê-los de forma plena. Precisamos compreendê-los.

E é aí que a Arquitetura da Informação vai nos ajudar. Segundo o Instituto de Arquitetura da Informação (Information Architecture Institute), a Arquitetura da Informação pode ser entendida como: “A prática de decidir como organizar as partes de algo para torná-lo compreensível”.

A AI pode ser aplicada em sites no geral, em plataformas e-commerce, portais de conteúdo, intranets, projetos de web corporativa, softwares entre outros.

Surge então a figura do arquiteto da informação, que é o profissional responsável por, de forma seletiva, desenhar, arquitetar e mensurar as informações. O objetivo é que elas se tornem compreensíveis para o usuário.

Para que essa compreensão e assimilação dos conteúdos seja eficiente e o site seja acessível de fato, é importante levar em consideração durante o processo de Arquitetura da Informação:

  • O público-alvo a ser atingido;
  • O objetivo do site;
  • O desenho da interação e navegação;
  • A facilidade de buscar informações e a interface dessa busca;
  • A usabilidade;
  • A acessibilidade, entre outros.

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Na prática, o arquiteto da informação precisa balancear as necessidades e características dos usuários (persona, experiência de uso, comportamento), do conteúdo (textos, imagens, quantidade de informações, estrutura) e do contexto (objetivos do projeto, recursos, modelo de negócios).

Entre os benefícios de uma AI bem pensada e estratégica, estão:

  • Melhorias nas taxas de conversão, já que as chances de prospectar leads aumentam;
  • Aumento da precisão dos atendimentos, já que o usuário conseguirá navegar exatamente por onde precisa;
  • Aumento da satisfação dos usuários, que encontrarão as respostas que buscam.

Para isso, é preciso saber desenvolver sua AI de forma que ela cumpra com os objetivos do seu negócio, escolhendo a melhor metodologia. Conheça algumas a seguir.

Metodologias da Arquitetura da Informação

Algumas metodologias podem ser utilizadas pelos arquitetos de IA para estruturar as informações necessárias. Lembre-se de sempre ter em mente o público-alvo da solução para escolher a melhor estratégia.

Hierarquização

Trata-se de organizar os itens partindo de uma hierarquia, seja por ordem de importância, do menor ao maior, do menos caro ao mais caro, entre outros.

A hierarquia permite que o usuário entenda a relação que os conteúdos da tela ou as páginas têm com os demais. Isso auxilia a navegação, permitindo que ele chegue de um ponto ao outro do site facilmente.

Inventário de Conteúdo

Muitas vezes, o número de informações de um site é muito grande. Assim, é preciso ter controle sobre esses textos, sabendo do que eles tratam.

Uma saída é fazer um inventário de conteúdo, que é basicamente uma lista de tudo que existe no site, como textos, documentos e imagens. Isso permite identificar conteúdos repetidos, ter mais praticidade para organizar as informações, além de verificar se as informações estão distribuídas da melhor forma para o usuário.

O registro geralmente é feito em uma planilha, que deve ser eficiente para o processo de inserir e pesquisar as informações do site.

Taxonomia

A taxonomia vem da Biologia e se relaciona à identificação, descrição e classificação de organismos em grupos ou individualmente. Ela pode ser empregada na AI de um site ao agruparmos conteúdos e ações segundo o significado.

Cada palavra, sistema ou ação precisa aparecer no site de maneira organizada para que o usuário encontre o que busca com facilidade.

A taxonomia então ajuda nessa estruturação da informação ao agrupar as informações com base no significado delas, categorizando-as e estabelecendo uma relação entre os itens da página.

Wireframes

Os wireframes atuam como uma ferramenta para estabelecer a estratégia da interface. Em outras palavras, funcionam como o “esqueleto” de um site, mostrando como será a navegação.

São protótipos que indicam a estrutura dos conteúdos e como as interações irão ocorrer, o que permite tangibilizar a interface, prever futuros problemas e, com isso, corrigi-los antes que aconteçam.

Os wireframes então facilitam a tomada de decisão dos arquitetos de informação sobre quais elementos devem ser visíveis ao usuário e como eles devem ser agrupados e hierarquizados.

Como a Arquitetura da Informação impacta a experiência do usuário (UX)?

De cara, podemos dizer que as duas são intimamente ligadas, porém diferentes. A Arquitetura da Informação se refere, como vimos, à estrutura do site.

Isso engloba a forma como o conteúdo será disponibilizado ao usuário de maneira que ele encontre o que busca e compreenda as informações passadas.

É necessário então arquitetar uma interface que agrade os usuários e, principalmente, funcione exatamente como eles esperam.

A experiência do usuário se refere então às emoções. É ir além da AI, classificando os usuários em um nível emocional. A UX utiliza o contexto, o comportamento do usuário, além de focar o prazer e a diversão que a experiência proporciona.

Tudo isso visando atender às necessidades desse usuário no contexto específico em que ele usa o produto. Para isso, utiliza a AI para aumentar o engajamento, engloba a usabilidade do site, estratégias de conteúdo e, claro, muita criatividade.

Assim, percebemos que uma AI bem estruturada torna o site fácil de ser navegado e compreensível. Isso com certeza impacta a experiência que o usuário terá com ele.

Neste artigo, foi possível ver como uma Arquitetura da Informação bem traçada auxilia a atrair clientes, convertê-los e, principalmente, proporcionar a melhor experiência a esses usuários. Saiba mais informações sobre por que a experiência do usuário é importante para o seu site clicando aqui.

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