10 tipos de criptografia que você precisa conhecer
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10 tipos de criptografia que você precisa conhecer

Abraão Almeida
Abraão Almeida

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A criptografia é um recurso tecnológico obrigatório para pessoas e empresas que lidam com dados ou os transferem cotidianamente. Mas, dependendo da aplicabilidade, diferentes tipos de criptografia podem ser utilizados.

Resumidamente, podemos definir a criptografia como uma tecnologia utilizada para evitar que pessoas ou programas não autorizados tenham acesso a informações sigilosas.

Para isso são utilizadas chaves de acesso que são atribuídas somente a pessoas autorizadas.

Para que nenhuma outra pessoa tenha acesso aos dados, eles são codificados a partir da utilização de algoritmos. Ou seja, as informações são embaralhadas e um código é gerado.

Inicialmente, as possibilidades de utilização da criptografia de dados eram restritas, mas a tecnologia evoluiu e gerou diversos tipos de criptografia.

Essas diferentes possibilidades são o tema do nosso artigo. A seguir, você conhecerá os principais tipos de criptografia utilizados na atualidade.

Continue a leitura e entenda qual desses tipos de criptografia é o mais adequado para as necessidades do seu negócio.

Principais tipos de criptografia

Com todas as possibilidades existentes na atualidade, não basta saber o que é criptografia. É preciso conhecer os diversos tipos de criptografia e as principais diferenças entre eles.

Por isso, selecionamos os dez tipos mais utilizados e vamos explicar em seguida como funciona cada um deles.

DES

A sigla DES significa Data Encryption Standard e foi um dos primeiros tipos de criptografia a serem utilizados.

Trata-se de uma proteção de dados considerada básica, com cerca de 56 bits, o que é um número bastante baixo se comparado a outras opções.

As chaves de criptografia têm sua complexidade e seu tamanho medidos em bits. Quando a criptografia é feita, por exemplo, em 128 bits, isso significa que existem 2128 possibilidades de chaves para decifrá-la.

Até o momento, as criptografias que têm a partir de 128 bits são consideradas seguras. Contudo, é bom ter sempre em mente que quanto maior for a quantidade de bits maior será a segurança.

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Nesse contexto, a criptografia DES não é tão segura, pois pode ser decifrada com a técnica de força bruta.

Essa prática consiste no teste de possibilidades de chaves de maneira automática por um programa por muitas horas, até que a chave de decodificação seja encontrada.

Por essa razão, quando a DES é utilizada, os desenvolvedores precisam recorrer a outras alternativas mais complexas de proteção.

3DES

A 3DES é uma evolução da criptografia DES, tendo sido desenvolvida para substituí-la, pois os hackers conseguiram decifrá-la com bastante facilidade.

A sigla significa Triple Data Encryption Standard. Essa nomenclatura se deve ao fato de a tecnologia utilizar três chaves de 56 bits cada uma.

Ou seja, sua utilização gera uma chave com um total de 168 bits, o que por muito tempo e ainda hoje é considerado um bom padrão de segurança por alguns especialistas, embora existam outros tipos de criptografia mais avançados, como veremos.

DESX

O DESX é mais um dos tipos de criptografia derivados do DES. Ele também é uma solução simples, porém com uma resistência exponencialmente maior contra os ataques de força bruta.

A principal diferença entre o DES e o DESX é que na segunda opção há a adição de 64 bits antes da encriptação, aumentando, assim, a proteção contra os ataques.

Porém, como os ciberataques também evoluem em uma velocidade vertiginosa, na atualidade o DESX, assim como o DES, já não é considerado imune às investidas dos hackers.

AES

A sigla AES significa Advanced Encryption Standard, que pode ser traduzida como Padrão Avançado de Criptografia.

Seu algoritmo é o padrão utilizado por diversas organizações mundo afora, incluindo o governo dos Estados Unidos.

Isso significa que se trata de uma tecnologia eficiente e bastante confiável. Com sua adoção, é possível utilizar tanto as chaves de 128 bits, já consideradas suficientemente seguras, quanto as chaves de 192 e de 256 bits.

As chaves com maior quantidade de bits geralmente são utilizadas para informações que necessitam de uma proteção maior.

Entre os tipos de criptografia, o AES é um dos mais preparados para evitar os ataques de hackers.

Mesmo assim, ele não é totalmente imune aos ataques de força bruta, pois esse tipo de investida maliciosa tenta insistentemente decifrar o código testando todas as combinações possíveis de chaves.

Contudo, é extremamente difícil que os ataques sejam bem-sucedidos quando a tecnologia utilizada é a AES, já que as possibilidades de chaves são muito numerosas.

Camellia

A criptografia Camellia foi desenvolvida em 2000 e sua principal característica é a decifração de blocos de informações.

Isso significa que a tecnologia trabalha com níveis de segurança semelhantes aos que ocorrem na criptografia AES.

A Camellia também pode ser processada em 128, 192 ou 256 bits e é utilizada tanto em softwares quanto em hardwares.

Ela é compatível tanto com tecnologias econômicas de 8 bits (como os sistemas de operação em tempo real) quanto com processadores potentes de 32 bits (que é o caso dos computadores de mesa).

RSA

A abreviação RSA corresponde à expressão Rivest-Shamir-Adleman, que são os sobrenomes de seus criadores.

Trata-se de uma tecnologia pioneira quando o assunto é criptografia de chave pública e é um dos algoritmos mais seguros disponíveis atualmente no mercado.

O RSA foi o primeiro a criar a possibilidade de inserir a criptografia nas assinaturas digitais e, além desta aplicação, ele também tem sido usado em operações como o envio de e-mails e compras online.

Seu funcionamento se dá da seguinte maneira: são criadas duas chaves, sendo uma pública e uma privada, que deve ser mantida em sigilo.

A partir dessa criação, a chave pública pode cifrar todas as mensagens, mas elas só podem ser decifradas a partir da utilização da chave privada.

Blowfish

Este é mais um dos tipos de criptografia criados com o objetivo de substituir o DES. Suas principais características são a velocidade de encriptação e a alta efetividade.

Trata-se de uma cifra simétrica que promove a divisão das informações em blocos de 64 bits cada um e os criptografa individualmente.

A tecnologia é considerada muito segura e ainda conta com a vantagem de ser gratuita. É possível obter e alterar seu código-fonte para utilizá-lo em diferentes programas.

Uma das principais aplicabilidades do Blowfish é na segurança dos pagamentos e senhas de usuários em e-commerces.

Twofish

O Twofish é uma variação do blowfish também considerada bastante segura e que também consiste na cifração de blocos simétricos.

A principal diferença é que ele conta com blocos de 128 bits e com chaves de até 256 bits, o que o torna uma das tecnologias mais velozes disponíveis atualmente.

Seu código-fonte também pode ser obtido gratuitamente e manipulado de acordo com a demanda do programador.

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SAFER

A palavra Safer pode ser traduzida como “mais seguro”, mas ela também é uma sigla: Secure and Fast Encryption Routine ou Rotina de Criptografia Segura e Rápida.

A princípio, a criptografia era feita em blocos de 64 bits, mas devido à detecção de fraquezas no código, foram desenvolvidas novas versões, como a SK-40, a SK-64 e a SK-128 bits.

IDEA

O IDEA é o último dos tipos de criptografia da lista que selecionamos para este artigo. A sigla significa International Encryption Algorithm, ou Algoritmo de Criptografia Internacional.

Trata-se de uma chave simétrica desenvolvida no início da década de 1990 que também utiliza blocos de informação de 64 bits, com chaves de 128 bits.

O algoritmo emprega três grupos algébricos com operações misturadas para proteger as informações.

Concluindo

A segurança da informação é um assunto mais do que relevante na atualidade, pois os ciberataques estão cada vez mais complexos e diversificados.

Por isso, é importante recorrer a todos os recursos de segurança que forem aplicáveis às rotinas do seu negócio.

Além de conhecer os principais tipos de criptografia que você pode utilizar, é importante implementar complementos na estrutura de defesa contra os ataques cibernéticos. Leia nosso artigo sobre o assunto e conheça quatro práticas que vão te ajudar a promover a segurança de dados em seu negócio.



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