Arquitetura da Informação: impactando na experiência do usuário

Com certeza, você já se deparou com sites ou aplicativos difíceis de interagir ou até mesmo de encontrar uma informação. Isso acontece geralmente porque a Arquitetura da Informação (AI) dessas plataformas não foi bem pensada.

Quando um site é criado, não se deve pensar apenas nos conteúdos que serão postados ou nas cores. É necessário considerar que o conteúdo deve ser entendido pelo usuário.

Mas por quê? É simples. Se você tem um e-commerce, por exemplo, o seu site será seu ponto de contato com seus potenciais clientes com aqueles que já o são.

Quando a estrutura do seu site não leva em consideração fatores como usabilidade, facilidade de navegar e, principalmente, de encontrar informações, provavelmente o potencial cliente se sentirá perdido.

E, por perdido, entende-se que ele fica desestimulado ao tentar entender o produto ou serviço; por consequência, desistirá rápido do seu negócio. E isso não é o que você quer, certo?

Por isso, este artigo vai ajudá-lo a entender melhor o que é a Arquitetura da Informação, quais metodologias ela utiliza e, principalmente, como ela impacta a experiência do usuário.

Ao fim, você verá que um site bem arquitetado e com foco em proporcionar ao usuário a melhor experiência é peça-chave para o sucesso de um negócio.

O que é Arquitetura da Informação?

O termo Arquitetura da Informação foi empregado pela primeira vez por Richard Saul Wurman na década de 1970. O conceito se refere ao estudo da organização da informação de forma a permitir que o usuário encontre sua forma de navegar até conhecer e compreender a informação.

Vemos então que ela se refere não só a ambientes digitais, mas até a organização de locais físicos, como lojas de departamento, supermercados etc. É importante que o cliente consiga localizar com facilidade a informação que procura.

No meio digital, a Arquitetura da Informação toma maiores proporções. Com a expansão das tecnologias, a geração de dados ficou exponencial. Vivemos mergulhados em um mundo de informações sem muitas vezes conseguir dar sentido a elas.

A palavra-chave então é compreensão. Não adianta nós termos contato com inúmeros dados se não conseguimos dar sentido a eles, entendê-los de forma plena. Precisamos compreendê-los.

E é aí que a Arquitetura da Informação vai nos ajudar. Segundo o Instituto de Arquitetura da Informação (Information Architecture Institute), a Arquitetura da Informação pode ser entendida como: “A prática de decidir como organizar as partes de algo para torná-lo compreensível”.

A AI pode ser aplicada em sites no geral, em plataformas e-commerce, portais de conteúdo, intranets, projetos de web corporativa, softwares entre outros.

Surge então a figura do arquiteto da informação, que é o profissional responsável por, de forma seletiva, desenhar, arquitetar e mensurar as informações. O objetivo é que elas se tornem compreensíveis para o usuário.

Para que essa compreensão e assimilação dos conteúdos seja eficiente e o site seja acessível de fato, é importante levar em consideração durante o processo de Arquitetura da Informação:

  • O público-alvo a ser atingido;
  • O objetivo do site;
  • O desenho da interação e navegação;
  • A facilidade de buscar informações e a interface dessa busca;
  • A usabilidade;
  • A acessibilidade, entre outros.

Na prática, o arquiteto da informação precisa balancear as necessidades e características dos usuários (persona, experiência de uso, comportamento), do conteúdo (textos, imagens, quantidade de informações, estrutura) e do contexto (objetivos do projeto, recursos, modelo de negócios).

Entre os benefícios de uma AI bem pensada e estratégica, estão:

  • Melhorias nas taxas de conversão, já que as chances de prospectar leads aumentam;
  • Aumento da precisão dos atendimentos, já que o usuário conseguirá navegar exatamente por onde precisa;
  • Aumento da satisfação dos usuários, que encontrarão as respostas que buscam.

Para isso, é preciso saber desenvolver sua AI de forma que ela cumpra com os objetivos do seu negócio, escolhendo a melhor metodologia. Conheça algumas a seguir.

Metodologias da Arquitetura da Informação

Algumas metodologias podem ser utilizadas pelos arquitetos de IA para estruturar as informações necessárias. Lembre-se de sempre ter em mente o público-alvo da solução para escolher a melhor estratégia.

Hierarquização

Trata-se de organizar os itens partindo de uma hierarquia, seja por ordem de importância, do menor ao maior, do menos caro ao mais caro, entre outros.

A hierarquia permite que o usuário entenda a relação que os conteúdos da tela ou as páginas têm com os demais. Isso auxilia a navegação, permitindo que ele chegue de um ponto ao outro do site facilmente.

Inventário de Conteúdo

Muitas vezes, o número de informações de um site é muito grande. Assim, é preciso ter controle sobre esses textos, sabendo do que eles tratam.

Uma saída é fazer um inventário de conteúdo, que é basicamente uma lista de tudo que existe no site, como textos, documentos e imagens. Isso permite identificar conteúdos repetidos, ter mais praticidade para organizar as informações, além de verificar se as informações estão distribuídas da melhor forma para o usuário.

O registro geralmente é feito em uma planilha, que deve ser eficiente para o processo de inserir e pesquisar as informações do site.

Taxonomia

A taxonomia vem da Biologia e se relaciona à identificação, descrição e classificação de organismos em grupos ou individualmente. Ela pode ser empregada na AI de um site ao agruparmos conteúdos e ações segundo o significado.

Cada palavra, sistema ou ação precisa aparecer no site de maneira organizada para que o usuário encontre o que busca com facilidade.

A taxonomia então ajuda nessa estruturação da informação ao agrupar as informações com base no significado delas, categorizando-as e estabelecendo uma relação entre os itens da página.

Wireframes

Os wireframes atuam como uma ferramenta para estabelecer a estratégia da interface. Em outras palavras, funcionam como o “esqueleto” de um site, mostrando como será a navegação.

São protótipos que indicam a estrutura dos conteúdos e como as interações irão ocorrer, o que permite tangibilizar a interface, prever futuros problemas e, com isso, corrigi-los antes que aconteçam.

Os wireframes então facilitam a tomada de decisão dos arquitetos de informação sobre quais elementos devem ser visíveis ao usuário e como eles devem ser agrupados e hierarquizados.

Como a Arquitetura da Informação impacta a experiência do usuário (UX)?

De cara, podemos dizer que as duas são intimamente ligadas, porém diferentes. A Arquitetura da Informação se refere, como vimos, à estrutura do site.

Isso engloba a forma como o conteúdo será disponibilizado ao usuário de maneira que ele encontre o que busca e compreenda as informações passadas.

É necessário então arquitetar uma interface que agrade os usuários e, principalmente, funcione exatamente como eles esperam.

A experiência do usuário se refere então às emoções. É ir além da AI, classificando os usuários em um nível emocional. A UX utiliza o contexto, o comportamento do usuário, além de focar o prazer e a diversão que a experiência proporciona.

Tudo isso visando atender às necessidades desse usuário no contexto específico em que ele usa o produto. Para isso, utiliza a AI para aumentar o engajamento, engloba a usabilidade do site, estratégias de conteúdo e, claro, muita criatividade.

Assim, percebemos que uma AI bem estruturada torna o site fácil de ser navegado e compreensível. Isso com certeza impacta a experiência que o usuário terá com ele.

Neste artigo, foi possível ver como uma Arquitetura da Informação bem traçada auxilia a atrair clientes, convertê-los e, principalmente, proporcionar a melhor experiência a esses usuários. Saiba mais informações sobre por que a experiência do usuário é importante para o seu site clicando aqui.